quarta-feira, 30 de março de 2011

FELICIDADE #1


No final da década de 90, quando Felicity passava de maneira inédita no Canal Sony, eu tinha por volta dos meus 15 anos de idade. Acertadamente agi não assistindo pois a perda do impacto seria enorme, visto que, com tão pouca idade, eu não poderia conhecer (e nem deduzir) as angústias, as dúvidas e os sentimentos que povoam aquele universo de personagens tão incríveis.

Felicity, além de ser o nome do seriado, é também o nome da principal personagem. E, através dos seus ingênuos e puros olhos femininos, que acompanharemos os acontecimentos de tudo e todos que estarão à sua volta a partir do momento em que ela escolhe deixar sua casa e ir à Universidade de Nova Iorque, "apenas" para se manter próxima da sua paixão dos tempos de colégio: o indecifrável Ben.  

Lá chegando, além de passar por diversos problemas de adaptação e conflitos com os pais, Felicity se dá conta da loucura que fez, e, assim, conhece novos amigos que tentarão dissuadi-la da idéia de abandonar o curso e voltar para a sua cidade. Destes, o mais importante é o supervisor do alojamento da Universidade: o prestativo e sempre ombro-amigo Noel.

Desde o princípio, fica claro que, por maiores os conflitos que possam vir a surgir, basicamente, o roteiro girará em torno da eterna dúvida que perseguirá Felicity até sei-lá-quando: Ben ou Noel?

Sim, eu sei. Parece bobo e piegas. Mas, ao contrário, por exemplo, do que acontece com a boba e piegas Saga Crepúsculo, aqui, os personagens são bem desenvolvidos. Acertadamente, eles se comportam de forma humana e confusa, ou confusamente humana, não sei. São seres que erram e acertam, que ora pedem perdão ora se negam, que amam e têm raiva, mas, que acima de tudo, são cúmplices e amigos que, provavelmente, não mais vão se separar.

E será exatamente por sentir o enorme poder deste ponto específico, que a série encontrará aquele que será seu grande trunfo: nostalgia - passada ou futura. Tentarei explicar (ou complicar): ela é tão carinhosamente produzida, que consegue causar um sentimento de "algo que já se teve e não se tem mais", mesmo nas pessoas que ainda nem sequer experimentaram essa sensação, como por exemplo, os próprios jovens personagens. É como se ela nos fizesse sentir falta de algo que ainda iremos viver, mas, sabidamente, por pouco tempo. Em outras palavras: encoraja-nos a procurar sentir e viver verdadeiramente quando nos encontramos diante de algo especial, visto que aquilo poderá durar pouco tempo e não voltar mais.

No vídeo abaixo, temos os três minutos finais da primeira temporada que acabei de assistir ontem. A minha recém-abandonada ignorância no que tange à montagem de vídeos não me permitiu montá-lo como eu queria - legendado. Porém, creio que mais do que a tradução literal das palavras ditas, basta olhar para a linda cena, que todos vocês conseguirão sentir a beleza e a complexidade dos sentimentos que apontei. Um destaque especial para a bela fotografia em sombra do início, e à canção que acompanha todo o trecho.


Observem que, no último quadro, antes de partir para sua viagem de férias, ela escreve o seu nome na parede do alojamento em que morava. Clara e nitidamente conseguimos ler:

Felicity Peres!

OSS!

2 comentários:

  1. oi, Danilo, gostei dos seus comentários a respeito da felicity. divido seus sentimentos. bj.

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  2. E eu fiquei contente em saber que recebo sua visita aqui de vez em quando. Gostei. Beijos.

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