Musashi-Sama, maior Samurai da história do Japão, nem sempre vivera sob os preceitos do honrado código do Bushido. Nascido na Vila Miyamoto, filho de Shinmen Munisai, Takezo (o seu nome de batismo) desde sempre se mostrara um bravo guerreiro. Extremamente robusto, alto e forte para os padrões da época, e dotado de um espírito inabalável, ainda pré-adolescente suplantou homens com o triplo de sua idade e experiência marcial. Era visto por todos em sua aldeia como um animal, uma besta-fera.
Ainda adolescente, aos 17 anos, aliciou seu melhor amigo, Hon´i´den Matahachi, para que o seguisse nos campos da Batalha de Sekigahara. Vigorosamente, defenderam a bandeira de seu suserano e com ela tombaram. Derrotados, foram obrigados a moribundear a esmo pelo interior do Japão, até encontrarem abrigo na casa de uma fogosa viúva quarentona, Okoo, de onde Matahachi - mesmo sabendo que sua noiva Otsu o aguardara - nunca mais saiu.
Contrariado, Takezo viu-se na obrigação de retornar sozinho a sua terra-natal para dar a notícia à mãe do amigo. Ele sabia que não seria nada fácil ter de encarar e dizer à velha Osugi, matriarca dos Hon´i´den, que o filho optara, por livre e espontânea vontade, por não voltar, abandonando, assim, todos os seus laços consanguíneos. Não restam dúvidas de que esta incumbência não lhe agradaria em nada, contudo, ciente de que não tivera culpa na decisão do amigo, Takezo se pôs reticente a caminhar em direção à Vila Miyamoto. (...)
O dia era festivo. A vila comemorava o nascimento de Buda em uma grande celebração popular. Em meio à multidão, um rosto surrado pelas dízimas da guerra destoava dos demais: era Takezo-San que, sujo e maltrapilho, retornara à terra-natal. Todavia, não esperava que lhe saudassem, servissem bolinhos nem saquê. Sabia exatamente da acidez de sua missão, e lograva cumpri-la prontamente. Eis que, então, num átimo de desatenção, se deixara ser avistado por ninguém menos que Otsu-San, a mais linda noiva, órfã de pai e mãe, que havia em toda a Vila Miyamoto, e que, agora, ainda tão jovem, acabara de se tornar órfã também de seu futuro marido...
... continua.
----------------------------------
Observação: este trecho não corresponde na literalidade à obra MUSASHI de Eiji Yoshikawa. Tratam-se apenas das minhas memórias sobre a história, transcritas, sucintamente, com as minhas palavras. Não deixem de ler o livro caso estejam gostando.
OSS!
----------------------------------
Observação: este trecho não corresponde na literalidade à obra MUSASHI de Eiji Yoshikawa. Tratam-se apenas das minhas memórias sobre a história, transcritas, sucintamente, com as minhas palavras. Não deixem de ler o livro caso estejam gostando.
OSS!