quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

O CARTEIRO E O POETA #9: SAUDOSO SONETO SOFRIDO

Alguns dias atrás, estava conversando com alguns alunos sobre uma característica comum aos antigos Samurais. Dizia-lhes que os referidos homens eram exímios executores em suas especialidades, mas que, também, buscavam sempre estudar e aprender sobre outras nobres artes. Assim, era muito comum sabermos de espadachins que esculpiam, de arqueiros que pintavam, ou de cavaleiros hábeis em origami.

Pois então, aqui vou-me novamente, depois de um longo tempo sem inspiração, postar estas perdidas palavras sem sentido. Faço isto esperando que vocês sejam tão habilidosos quanto os antigos Samurais, mas na arte da interpretação, para, quem sabe, encontrarem algum sentido para isso tudo.

Boa sorte. Já são Samurais por tentarem.

SAUDOSO SONETO SOFRIDO

Sincera, saudosa, solitária saudade
Carrapateira, companheira, caseira, cotidiana
De ti gosto e desgosto, sem dificuldade
Realmente a realidade sem ti é mundana.

Derradeira, destrutiva, duradoura dor
Mata, maltrata, malfaz, machuca
Contudo, sem tudo, por nenhum amor
Abro-te mão, coisa maluca!

Mas há quem questiona, descrê, duvida
Que o sofrimento e o sorriso aprenderam a se aceitar
Sorriam! Ainda que um saudoso, doloroso, perdido

Já que mesmo num coração sofrido
O verdadeiro amor há de ensinar
Na saudade e na dor encontra-se a vida.

OSS!


3 comentários:

  1. Superou nesse!! Que sejam apenas palavras jogadas ao vento...

    Beijos

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  2. Sempre são, Érica. O importante é para onde o vento as levará!

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  3. Se "Na saudade e na dor encontra-se a vida.", acho que volto a reviver novamente.....

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