sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O CARTEIRO E O POETA #10: O ESPERANÇOSO SONETO DA NEGAÇÃO

Janeiro está rendendo. Porcarias, mas está!

Observação 1. Este foi o mais rápido que já escrevi (e por favor usem isso para amenizar a ruindade).
Observação 2. Há bastante tempo venho me sentindo o Ben Stiller dos sonetos: faço sempre o mesmo papel.


O ESPERANÇOSO SONETO DA NEGAÇÃO

Sempre em minha inteira vida
Nunca de fato fiz o que quis
Ora por ter-me presença exigida
Ora por errada escolha infeliz.

Ser levado em todo presente
Ver distante meu sonho latente
Faz-me por certo humano carente
Falso feliz, eterno descontente.

Mas eis que então aprendi o segredo
Bastaria para tudo dizer sempre não
Tentei entender ainda assim tenho medo

Negar é pra mim grande contradição:
Não quero, não vou, não gosto, não fiz
Surpreenda-me um sim e me faça feliz.

OSS!

Um comentário:

  1. Tão eu!
    Sempre sim, nunca não, constante descontentamento próprio e interminável satisfação alheia.

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