Devido a algumas mudanças na minha rotina de treinos e trabalhos, estou com muito menos tempo do que gostaria para apreciar a Sétima Arte. Tenho preferência por assistir filmes a noite, horário em que minha cabeça se encontra mais aberta e disposta para desfrutar dos prazeres cinematográficos, porém, chegando em casa todo dia depois das 23h, após desgastantes tardes/noites de trabalho, tornou-se raro o dia em que me animo a tocar no DVD.
Dito isso, apenas para que não pensem que sou masoquista, tenho que admitir que me encontro numa maré de azar para filmes. Farei abaixo breves comentários a respeito das bombas que ando vendo ultimamente.
(Ah! Apenas mais um detalhe: por mais que eu esteja assistindo uma verdadeira bomba cinematográfica, jamais deixo de vê-la até o final. Pensando bem, devo ser masoquista mesmo.)
15/08 - CAÇADOR DE RECOMPENSAS (2010) - Faça um apanhado de todos os clichês que possam existir sobre ex-casais que são obrigados a reatar o convívio em situações inusitadas. Fez? Pois bem, você acabou de reescrever o roteiro desse filme. Tentando soar engraçadinho na maior parte do tempo, o filme falha, absurdamente, justamente por não nos fazer rir em nenhum momento. Jennifer Aniston e Gerard Butler demonstram certa química em cena, porém, insuficiente para salvar um projeto despretensioso, sim, mas pobre.
16/08 - ANNA NICOLE (2007) - Cinebiografia da atriz/modelo Anna Nicole Smith, da qual eu, por motivos deduzíveis, era fã na adolescência. Porém, por mais que eu estivesse disposto a ver uma loira bonita em cena por quase 2h, apenas esse atributo foi insuficiente para salvar o filme. Dando uma verdadeira aula de como não fazer cinebiografias, Keoni Waxman (!!!) - diretor do projeto - nos tenta convencer de seus argumentos de maneira óbvia e maniqueísta. Minha única dúvida é a respeito de Willa Ford. A atriz que interpreta a personagem-título, o faz de maneira tão determinada, que confesso estar, ainda hoje, sem saber se o fez de forma genial ou apenas é tão vazia quanto a própria Anna Nicole, tornando-se assim perfeita para o papel.
21/08 - O PRIMEIRO MENTIROSO (2009) - Contando com uma interessante premissa de um mundo onde todas as pessoas falam sempre a verdade, sem sequer saberem o que vem a ser uma mentira, o filme, infelizmente, se perde justamente ao confundir as estações. Em vez de simplesmente trabalhar a idéia (com acento, porque sem fica péssimo) acima apresentada, a obra se perde justamente ao forçar os seus personagens a não falar "apenas" a verdade, e sim, despejar tudo o que lhes vêm a cabeça, o tempo todo, criando assim situações irreais que fogem à proposta inicial. Tentando também enveredar por caminhos perigosos, como a abordagem da "verdade" religiosa, o filme mostra, mais uma vez, que não tem a dimensão da própria grandeza de seu argumento inicial. Concluindo, para falar a verdade (!), é uma pena que isso tenha acontecido.
25/08 - TEKKEN (2010) - Baseado no jogo para videogames homônimo (do qual sou fã e campeão Ribeirãopretano de 2000), teria sido melhor se esse filme nunca tivesse existido. Dirigido por Dwight Little (?), que se mostra tão habilidoso na função quanto um adolescente brincando no Windows Movie Maker, a obra norteia o personagem Jin e mais uma meia-dúzia apenas, frustrando completamente quem, como eu, estava curioso para ver como a maioria dos muitos e interessantes personagens do game seriam adaptados. Outro grande pecado do longa é justamente não conseguir trazer para a telona aquilo que tanto encantava os adoradores do jogo: cada personagem possuia habilidades específicas em uma arte marcial. Karate, Tae Kwon Do, Aikido, Capoeira, Boxe, Judo. Isso servia para tornar as disputas mais interessantes, pois era como se o vencedor estivesse dizendo ao derrotado que a sua arte é superior à dele. Infelizmente, em nenhum momento o filme se mostra fiel à isso. Dito tudo isso, vou tentar apagar da minha mente o que vi, ficando apenas com a lembrança das pequenas histórias que eram contadas, sobre cada personagem, quando se "zerava" o jogo. Sem dúvida alguma, muito melhores.
OSS!
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