Mais uma vez, peço licença a vocês, meus queridos visitantes, para compartilhar mais uma obra- de-arte de autoria minha. Aliás, digo isto sem o menor receio de estar supervalorizando os meus trabalhos, muito pelo contrário. Desde que me atrevi a escrever esses pensamentos soltos que sobrevoam minha cabeça, sinto que o resultado final está ficando cada vez pior. Porém, conforme disse outro dia aos meus alunos, existe arte boa e arte ruim. Cabe aos olhos de quem analisa fazer o julgamento. Ou não.
Ah, detalhe! O resultado final de postagens assim, mesmo que patético, me tem dado maior prazer do que o de longos textos prosados.
Sem mais justificativas:
SONETO DA INDUBITABILIDADE
Por certo, sem dúvida, indubitavelmente,
Numa estranha matemática incoerente,
Duas metades não se somam num peito doente,
Obrigando forçosa escolha inconseqüente.
Assim não vislumbro como ser diferente,
Aliás já cansei de brincar de vidente,
Viver não irei ao menos que tente,
Um caminho escolher ser de fato valente.
Mas é certo que com (e na) dor hei de descobrir,
Que culpa tenho de ser humano (e) errar?
Pois mesmo doente coração não mente,
Para que uma felicidade todos possam sorrir,
Minha metade, metade minha, irei rasgar.
Por certo, sem dúvida, indubitavelmente.
Danilo Peres
OSS!